quarta-feira, 30 de julho de 2008

Van Halen - 5150 (1986)


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Good Enough, o Eddie usa cordas de baixo na sua famosa Charvel Strat para "engordar" o timbre que ele consegue nessa música. Outro detalhe: ela foi a segunda música gravada pela banda para o "5150" e seus riffs já haviam sido mostrados ao Dave Lee Roth pouco antes dele sair do Van Halen.

Why Can't This Be Love, o Eddie é um workaholic: costuma levar trabalho para casa. Ora, seu estúdio fica atrás de sua casa, subindo um pequeno morro. Quando está inspirado, ele costuma levar ora uma guitarra, ora um teclado e, às vezes, usa o piano de cauda que tem em casa. No dia em que ele compôs a "Why Can't This Be Love?", ele levou seu Oberheim OB 8 para sua cama (!) e terminou a música por lá(!!). Depois, ele mostrou o que criou para a banda e a primeira pergunta que ouviu do Sammy foi: "Você não se importaria se eu seguisse a linha do teclado na hora do refrão?". Ele preferia que não, mas optou por não criar nenhum obstáculo àquele pedido. Engraçado notar é que o Ted Nugent, guitarrista amigo do Eddie, perguntou quando do lançamento do disco "5150" qual a guitarra e os efeitos que o Eddie nessa música, sem se tocar que o riff principal é de um teclado e não de guitarra. Outro detalhe: o Eddie gostou muito do que o Sammy fez na parte em que ele segue cantando por cima da parte do teclado, anterior ao solo, algo do tipo:
"Tchu ru tchu ru tchu ru
tchu ru tchu ru tchu ru uhararaur
tchu ru tchu ru tchu ru
tchu ru uhararaur. Whoa!"
Ele afirmou que dificilmente o Dave faria algo daquela natureza nessa música.

Get Up, música gravada com a famosa guitarra Steinberger Trans Trem.
Uma das músicas na qual o Diamond Dave trabalhou junto a banda ainda em 1985.

Dreams, o Eddie grava os teclados como fez em "Love Walks In", sozinho. Mas ele liga o Oberheim ao seu 1912 Steinway DENTRO DO ESTÚDIO e digitaliza o sinal de um no outro. Falei sobre isso no primeiro e-mail: o Werner escreveu isso só com o conhecimento de engenheiro e pelo que ele ouviu - e depois ele vem me dizer que não tem ouvido treinado para a música. Ora bolas! É claro que tem! Porque a Simmons? Ora, os caras precisavam ensaiar e se conhecer dentro do 5150 e o espaço do estúdio era mínimo para comportar a parafernália que o Alex usa/usava. Daí, ele optou por usar a Simmons porque era mais fácil de se controlar os graves (tons, surdos e bumbos). Só a caixa (snare drum) é que era acústica, bem como os pratos. Idéia do Alex e do Donn Landee. "Dreams" teve o famoso clipe dos 40 anos dos "Blue Angels"; uma espécie de Esquadrilha da Fumaça de lá, mas com muito mais know how e experiência. É claro que a nossa, atualmente, não deve nada, mas os caras usam jatos supersônicos, o que não é pouca "shit". A MTv adorou o clipe. Veja: o clip de "Dreams" no Whisky a Go Go é de 1991/1992 e é outra coisa; há um clip de "Dreams" sem que a banda apareça e é o dito que comemora o aniversário dos Blue Angels - é o bicho de bom. Outro Detalhe: O vídeo clipe de "Why Can't This Be Love" NÃO foi tirado do vídeo "Live Without a Net"; o Clipe de "Best of Both Worlds" foi retirado do vídeo oficial, mas a primeira música, não.

Summer Nights, Segundo alguns "insiders", essa música foi a que o Classic Van Halen mais trabalhou em 1985. O título provisório seria "Eat Thy Neighbor" e a melodia da voz é praticamente a mesma que se no que acabou recebendo esse título (Summer Nights). Outra música que o EVH usou a tal Steinberger na gravação.

Best Of Both Worlds, Marca definitivamente a era Van Hagar, essa música foi totalmente diferente de tudo que VH criou.

Love Walks In, o Eddie acorda no meio da noite e corre para o seu piano na sua sala de estar e grava uma melodia que lhe veio na cabeça no pequeno K7 que ele sempre mantém perto do mesmo piano. Dia seguinte, ele olha o dito gravador em cima do piano e não se lembra de que havia gravado algo. Então, ele liga o tape e ouve os primeiros acordes de "Love Walks In". Claro, ele adora o que ouve e fica inspirado logo de cara e acaba fazendo toda a música. Naqueles dias anteriores a paternidade, o Eddie costumava acordar por volta das 10:00/11:00 horas.Na hora da gravação da "Love Wlaks In" ele fica ISOLADO no estúdio e grava todo o teclado SEM o restante da banda. Parece brincadeira, mas não havia ninguém além dele. Quem pode testemunhar esse jeito exótico de gravação é o Donn Landee, engenheiro de som do disco e co-produtor junto com a banda e o Mick Jones. Lembre-se: o Mick Jones é o guitarrista do Foreigner. Naquela época, ele estava fazendo sucesso com a música "I Wanna Know What Love Is" ou algo similar; só sei que essa novela das 21:00 da Rede Grobo passa uma versão meio fraquinha dessa música; acho que a versão original era BEM melhor. Depois, na hora de se gravar o restante dos instrumentos, vai o Alex van Halen primeiro e grava a bateria usando o "click" - metrônomo - pela PRIMEIRA VEZ NA VIDA. Essa música foi bem em "first take", assim como a "Get Up", a "Summer Nights" (cujo título seria "Summer Nights and My Radio" - o restante do verso, óbvio) e a 'Best of Both Worlds'.

5150, ligação DDD da Califórnia para Nova York. 03:00 da manhã de setembro/1985. O Eddie liga para o Sammy para lhe mostrar uma música completa que ele acabara de compor. Eddie e Sammy ficam conversando sobre as possibilidades da nova música por quase 03 horas no telefone. O Sammy disse que ele teve que se esmerar para criar uma letra que não atrapalhasse em nada os riffs da música, pois seu andamento era tão perfeito (em sua opinião) que até poderia dispensar o uso de qualquer letra e, se fosse o caso, manter a música como instrumental.
O Eddie usa na gravação a sua famosa Gibson Flying V "Hot for Teacher", porém utiliza uma guitarra diferente no solo: provavelmente trata-se de uma Kramer, embora não se saiba o modelo específico. Nem o próprio Eddie se recorda. Eu me lembro que a primeira Kramer que ele recebeu da fábrica foi uma Pacer branca com tremolo Rockinger.
PS.: O nome Kramer Guitars, hoje, pertence a Gibson Guitars.

Van Halen - 1984 (1984)


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1984, o trecho de teclado contendo pouco mais de 01 minuto (editado) foi gravado num momento de relaxamento do Eddie dentro de seu estúdio. O Donn Landee aproveitou que o Eddie estava brincando com seus teclados e gravou-o executando aquela peça ainda sem título. Foram aproximadamente 31 minutos de gravação. O título da música e do álbum (1984) foram sugestões da esposa do Eddie, Valerie Bertinelli em referência ao livro do George Orwell - 1984. O Edward foi diminuindo o tamanho da peça por conta do pedido dos outros membros da banda, até chegar ao tempo que ficou registrado no disco.

Jump, "Jump" foi composta pouco tempo depois de "Sunday Afternoon in the Park", instrumental do disco "Fair Warning", música anterior a "One Foot Out the Door". Nesse primeiro momento, os outros membros da banda NÃO gostaram da música. Isso ocorreu em 1981. Só que em 1983 o Eddie novamente mostra a música e TODOS da banda gostam dela. Melhor assim, de acordo com o velho ditado: "Antes tarde do que nunca". A música que o Dave não queria incluída no "1984" era a "I'll Wait". Houve pressão do Eddie e do Donn Landee e o Dave cedeu e aceitou a inclusão dessa última.

Panama,
1) Inspiração do Eddie para compor "Panama": AC/DC - é que ele assistiu ao show do AC/DC no "Day on the Green Festival" no qual o Van Halen abriu para a banda dos irmãos Young.
2) Panama Express - Esse é o nome do Hot Rod no qual o Dave se inspira para escrever a letra - Isto quer dizer que ele escreve sobre carros rápidos, ao contrário do que se pensou inicialmente que ele escrevia sobre garotas (as usual!). Acho que ele combina as duas - o que é aliar o útil ao agradável. Hehe!
3) Música gravada em first take.
Após o solo, pode-se ouvir o ronco da Lamborghini Countach LP 500S 1972 de propriedade do Eddie. Eles esticaram microfones e colocaram o ronco do escapamento no trecho em que o Dave fala algo do tipo: "... I can barely feel the road from the heat coming off...".

Top Jimmy, a letra de "Top Jimmy" faz menção ao líder da banda Top Jimmy and the Rhythm Pigs, banda de blues do cenário de Los Angeles. Essa banda lançou um disco em 1987 entitulado "Pigus Drunkus Maximus". O Eddie usou a Ripley Stereo Guitar nessa música.

Drop Dead Legs, esta música foi gravada pelo Donn Landee tendo apenas o Eddie e o Alex no estúdio. No dia seguinte é que o Dave, o Mike e o Ted Templeman tomaram conhecimento do que os irmãos Van Halen haviam feito na noite anterior.

Hot for Teacher, o Eddie testa mais ou menos umas 07 guitarras diferentes até optar pela Gibson Flying V. É que ele queria que a transição entre as partes pesadas e as partes suaves da música "Hot for Teacher" pudesse acontecer sem nenhuma distorção, interferência sonora, microfonia. E isso ele só conseguiu com a Flying V. Dai em diante essa guitarra passou a ser conhecida como a "Hot for Teacher" Flying V. Ele a usa novamente em "Top of the World" do F.U.C.K. (1991).

I'll Wait, A letra de "I'll Wait" diz respeito a uma guria que aparece numa propaganda da Calvin Klein usando uma CUECA. No "BOBW", finalmente, fizeram menção de citar o nome do Michael McDonald (vocal dos Dobbie Brothers) como co-autor da música. Na verdade, a participação dele é menor, mas foi ele quem deu a sugestão ao Dave Lee Roth para criar a letra da música em questão. Pode parecer bobagem, mas a "I'll Wait" por muito pouco não ficou de fora do disco "1984", sobrando como leftover, o que seria uma pena, pois ela é uma música maravilhosa (em minha opinião) e por conter um solo magistral. A história diz que o Eddie mostrou a música na mesma época em que a banda 'redescobriu' a música "Jump" ("Jump" foi composta em 1981). Como todos passaram a gostar de "Jump", o Eddie resolveu mostrar outra música que era "keyboard oriented", mas o Ted Templeman e o Dave foram contra a nova música desde o início. Então, o Eddie terminou a nova música, gravou com seu irmão. Novamente, expôs a música ao Ted Templeman e ao Dave. Nova rejeição. Então, ele ameaçou: ou vocês aceitam essa nova música, ou eu retiro "Jump" do disco. Desde o início tanto o Eddie como o Donn Landee, engenheiro de som, eram apaixonados pela música.

I'll Wait": antes de escrever a letra, o Dave colou o anúncio da Calvin Klein no qual a modelo aparece vestindo uma cueca na sua Televisão Sony Triniton e ficou admirando-a durante um booooooooom tempo.

Os efeitos, tanto para "Jump", quanto para "I'll Wait" foram feitos pelo Eddie e retirados de sua cabeça, por meio de tentativa e erro. Ele ia experimentando até encontrar o timbre que lhe agradasse. O teclado Oberheim OB-Xa foi gravado em estéreo, passando um monte de efeitos que nem o Eddie se recorda quais eram esses efeitos. O Eddie gravou o teclado de "I'll Wait" sem ouvir absolutamente nada do que tocava, pois ele ficou no hall do estúdio 5150 (o estúdio era bem pequeno, no início), já que os dois, Eddie e Alex, e seus respectivos instrumentos não cabiam na mesma sala. O Eddie se recorda de ter plugado o OB-Xa numa parede de amplificadores Music Man apenas para dar outra uma diferenciada do timbre encontrado para "Jump".
o baixo de I'll Wait é .... humm ... meio nulo. Tipo, não existe... .
Parece que o teclado cobre toda a freqüência grave.

Girl Gone Bad, Eddie teve a inspiração para essa música na viagem feita a América do Sul pela turnê "Hide your Sheep - South America Tour" em 1983. Ele estava hospedado em um hotel no Rio de Janeiro e compôs a música toda dentro do banheiro de sua suite, apenas para não acordar a sua esposa que dormia no quarto. Antes de ser lançada no disco "1984", a banda tocou uma parte instrumental dessa música no famoso concerto "US Festival". Para a apresentação nesse festival, o Van Halen recebeu o maior cachê já pago para uma banda de Rock à época - cerca de US$ 1.000.000,00.

House of Pain, Mais uma música do demo do Van Halen de 1976, Uma música que mostra a capacidade dos integrantes, com um riff destruidor de Eddie.

Van Halen - Diver Now (1982)


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Where Have All The Good Times Gone, cover dos The Kinks, também escrita por Ray Davies (assim como "You really Got Me"). O Eddie erra feio o solo, mas esse solo já existia e foi retirado de uma música nunca lançada em álbum pela banda e entitulada "Young and Wild" - essa música (Y&W) fez parte da sessão de gravação do "Van Halen I". Já excursionando pela turnê do "1984", o Eddie ouve pelo rádio a versão do Van Halen para "Where have...!" e sentencia: "Eu não afinei a guitarra e ela está fora do tom!". Só o Eddie.

Hang 'Em High,
parte da letra dessa música pertenceu a outra composição da banda entitulada "Last Night" e que esteve cotada para entrar para o disco "Van Halen 1". Tal composição foi gravada na demo tape de mais de 30 músicas quando da contratação do Van Halen pela WB em 1977.

Cathedral,
O Eddie usa uma Fender Strat 1961 mais um chorus e echo, como efeitos. Ele fica "martelando" as notas no braço (mão esquerda) e, simultaneamente, usando o botão de volume (mão direita) com certa velocidade para fazer aquele som similar a órgão de igreja ou catedral. Para essa música foram feitos dois takes; no segundo o botão do volume quase "congelou", parou de movimentar e o primeiro take foi o que valeu.

Secrets, Sem dúvida, o "Diver Down" é um bom disco. Eu não o colocaria como o melhor da banda, mas existem momentos nele que são marcantes. Exemplo: "Secrets" seria lançada no disco "Fair Warning", mas ficou para o "DD". Que letra maravilhosa! Seu título inicialmente era "Looking Good". Mas não critique os novos fãs: quem gosta de Van Halen tem que começar de algum lugar e nem sempre é possível conhecer o primeiro disco logo de cara, Inspiração da letra: O Dave lê um monte de cartões de "Felicidades", "Parabéns", "Melhoras" e por ai vai - curiosidade: um dos cartões dizia: "May your moccassins leave happy tracks in the winter snow". O Eddie usa um Gibson de dois braços (Doubleneck) sendo o primeiro com 12 cordas e o segundo com as 06 cordas. Ao vivo, ele usa uma Kramer Custom Doubleneck com partes de Alumínio. A headstock dessa guitarra da Kramer é em formato de "V".

Intruder, a "Intruder" só existe por conta da exigência da Warner Bros. em fazer um video clip para a música "(Oh!) Pretty Woman". O Eddie, bêbado, recebe uma ligação de que havia a necessidade de se gravar uma pequena introdução para a "Pretty Woman" e ele, sem inspiração nenhuma, pega seu carro (se não me engano, uma Porsche 928 cinza) e parte para o Amigo Studios em Los Angeles. Lá ele resolve usar o pequeno teclado Minimoog e a sua peça principal (Charvel Strat) e fica esfregando a lata de cerveja que ele bebia nas cordas da guitarra ("Aroooo! Aroooo! Aroooo!"). Daí, o resto é história.

Oh, Pretty Woman, esse cover foi o motivo pelo qual a Warner Bros. exigiu da banda a gravação de mais músicas para a composição de um novo álbum. Com a inclusão de "Intruder" a acrescentar um início a composição de Roy Orbinson, a Warner providenciou a gravação de um Vídeo Clip. Só que tal clip foi banido da televisão americana, japonesa e australiana. A idéia de gravar "(Oh) Pretty Woman" foi de Eddie. O engraçado acerca da música é que a banda (leia-se Eddie) errou e esqueceu de incluir todo uma estrofe da música apenas porque o Eddie achava que a música ERA daquele jeito que ele tocou. Uma das poucas músicas da banda sem solo. Detalhe: alguém saberia dizer o porquê da palavra "MERCY" que, tanto o Roy Orbinson e o Dave cantam bem no início da música, antes de voltar a segunda estrofe?
Resposta: A palavra "MERCY" que aparece antes da 2ª estrofe foi criada pelo próprio Roy Orbinson (autor da música) dentro do estúdio, quando da gravação da versão original de "(Oh) Pretty Woman". O negócio por trás desse termo é que o Orbinson já não aguentava repetir a gravação e pediu "Piedade - Mercy". Tudo o que ele queria era acabar com a gravação da música em questão, após exaustivas 15 repetições. Abraços.

Dancing The Street, hit de 1964 de Martha and The Vandellas. O Eddie usa em uma base perceptível do início ao fim da música um sintetizador Minimoog em conjunto com sua Strat e um Echo como efeito. A outra base aparece como over dub. Mas a primeira base citada foi motivo de discórdia: ela foi criada para uma música da própria banda e, por imposição do Ted Templeman (e um pouquinho do Dave), foi inserida em "Dancing in the Street". Eis um dos motivos principais para o Eddie criar seu estúdio em sua própria casa. Agora: que belo solo aquele que ele faz nessa música. Caramba, é de arrepiar! Pouco tempo depois, David Bowie e Mick Jagger, juntos, regravam a mesma música e lançam um vídeo clip muito estranho! NARF!

Little Guitars, Intro: esta peça musical foi tocada num violão com cordas de nylon e não possui nenhum overdub. Foi inspirada como se fosse uma continuação a "Spanish Fly". O Eddie assistia televisão e viu um violonista chamado C. Montoya usando essa técnica; ficou fã do cara e comprou todos os seus discos e procurou tocar algo semelhante.

A inspiração da letra veio da observação da guitarra pequena que o Eddie usou para a gravação de suas partes no Estúdio. A opção pelo termo "Señorita" veio por conta da impressão meio hispânica que a guitarra causou ao Dave. O Eddie usa uma réplica de uma Les Paul miniaturizada por um Sr. de nome Dave Petschulat, que o presenteou quando da passagem do Van Halen pelo Tennessee. O Eddie teve a inspiração para a música durante a fase final da Turnê do "Fair Warning 1981" e a compôs (na verdade, parte dela) na parte de trás do ônibus da banda.

Big Bad Bill, a idéia de gravar o cover de "Big Bad Bill" foi do Dave que ouvia em seu Walkman Sanyo uma rádio de Louisville (Kentucky) e sintonizou na hora em que rolava a versão original de "BBB". Então, ele chama os outros membros da banda e diz: "That's bad. Let's do it." Pintou a dúvida em relação ao clarinete que aparece na música e o Dave não titubeou: "We'll get your old man to play it". Ora, o Eddie e o Alex ficaram super alegres e chamaram o pai deles, Sr. Jan Van Halen. O Sr. Jan, a princípio, não gostaria de participar, mas os irmãos convenceram-no a se divertir e fazer o melhor possível. Eis as limitações do Sr. Jan: perdeu o dedo médio da mão esquerda, não tocava há vários anos e usava prótese (dentadura), o que atrapalhava muito o sopro na palheta do instrumento. Diga lá, Eddie: "We'd had a great time. It was fun as shit. It looked like an old 30's or 40's sessions."

The Full Bug, o violão na introdução da música e a harmônica (gaita) após o solo de guitarra do Eddie são partes executadas pelo Dave Lee Roth. De acordo com o mesmo Dave, "The Full Bug" significa sucesso - se você quiser alcançar um objetivo qualquer na vida, você tem que se esforçar - dar tudo de si para conseguir vencer. No caso da música, o objetivo do Dave é mostrar para a garota a melhor parte de um homem.

Happy Trails, o Van Halen já interpretava "Happy Trails", mas o momento mais memorável é o show em Pasadena/CA no Pasadena Civic Auditorium, em 1976. Inclusive, há o registro do cover na demo tape do Van Halen para a WB em 1977, apenas como uma tremenda brincadeira. "Happy Trails" era tema do seriado de faroeste americano, estrelado por Roy Rogers e Dale Evans (autor da composição) nos anos 50 e começo dos anos 60.

A capa:
A capa do "Diver Down" foi idéia do Dave. A foto da contracapa mostra a banda num show em Orlando/FL no Tangerine Bowl (Turnê do "Fair Warning" - 1981). Quem tem o disco em vinil possue o encarte com centenas de fotos bem pequenas e muito curiosas.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Van Halen - Fair Warning (1981)


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M
ean Street,
o início dessa música diz respeito a técnica de baixistas de funk americano e que tanto encantavam o Eddie nos anos 70 e anos 80. A música "Mean Street" é o resultado da junção de 02 outras músicas antigas da banda: "Voodoo Queen" e She's the Woman"; ambas estavam na demo tape da banda para a Warner Bros. quando da contratação da banda em 1977.

Dirty Movies,
na gravação de "Dirty Movies", o Eddie usa uma Gibson SG com braço da Les Paul Jr. A letra se refere a uma garota programa que se torna rainha pornô do dia para a noite. Essa é a segunda música na qual o Eddie usa Slide; a primeira vez foi em "Could This Be Magic?" do "WACF", o álbum anterior de 1980. Se alguém já prestou a atenção na letra irá lembrar que o Dave diz como a guria em questão consegue o grande contrato para se tornar "estrela" - na traseira de uma limusine ("Got a big deal in the back of a limo").

Sinner's Swing!,
tai uma música que não possui muita história conhecida. Uma pena! Gosto muito do riff e do andamento de toda a música. A letra, como sempre, é muito engraçada.

Hear About It Later,
esta música foi escrita originalmente no teclado em 1980. Depois é que teve seu riff transferido para a guitarra. Engraçado é ouvir o Eddie dizer que compor música no piano é a coisa mais fácil para ele. "Hear About It Later", juntamente com "So This Is Love?" e "Unchained" viraram vídeo clips e foram utilizados a exaustão pela Warner Bros. porque as vendas do disco estavam fracas. A verdade é que todos os shows da turnê do "Fair Warning 1981", também conhecida como "W.D.F.A. - We Don't Fuck Around Tour", foram gravados a mando dos executivos da WB para virarem o possível primeiro vídeo oficial da banda.

Unchained,
esse é um dos riffs mais conhecidos do Van Halen. Sim, essa música poderia ter sido o hit que a Warner Bros. tanto queria para alavancar as vendas do disco "Fair Warning", mas, me respondam: esse riff hiper pesado pode ser considerado "pop"? Nunca. Durante todo os anos 80, essa foi uma das músicas mais executadas nas rádios dos EUA. Pura ironia! O Eddie escreveu esse riff e a música toda numa das sessões de gravação do álbum, por volta dàs 03:00/04:00 da manhã, no Sunset Sound Studio. "Unchained" mostra a única contribuição vocal do Ted Templeman ao pedir que o Dave desse um tempo - "Come on Dave, give me a break!" Isso foi algo totalmente espontâneo e a banda gostou do resultado. Completando: outra música inicialmente escrita no teclado e depois passada para a guitarra.

Push Come To Shove,
o Dave pede ao Eddie para criar uma música que tivesse uma pegada meio Reggae. O resultado foi "Push Comes to Shove". A explicação do Dave era tentar aproveitar a onda de reggae que ganhou o mundo no início dos anos 80. O maravilhoso solo do Eddie foi gravado após exaustivas 23 repetições por exigência do produtor Ted Templeman. O Ted Templeman nunca estava satisfeito com o que o Eddie tocava; acontece que o Eddie repetia a mesma coisa o tempo todo. Então, numa madrugada qualquer em 1980 o Eddie grava novamente o mesmo solo, tendo ao seu lado o engenheiro Donn Landee. Depois, o Eddie e o Donn mostraram o resultado ao produtor que o achou maravilhoso. Vai entender.

So This Love?,
esta música foi o único single lançado pela banda para o disco "Fair Warning". O detalhe curioso acerca dessa música se refere a história de como foi composto o solo tocado pelo Eddie. Após algumas execuções sem sucesso, o Eddie deixa o estúdio. Mas o engenheiro Donn Landee fica por lá e "edita" 04 a 05 solos executados pelo Eddie e os reune em um único solo. Daí, no dia seguinte ele mostra ao Eddie que adora a idéia do solo feito com partes previamente gravadas. O Eddie "aprende" o que está gravado e executa o solo montado com partes descartadas. O resultado é a pintura que está gravada em "So This is Love?".

Sunday Afternoon In The Park,
o Eddie usa um pequeno teclado de brinquedo, daqueles de criança mesmo. Eis o nome do teclado: Electro Harmonix. Daí, ele filtra o som desse teclado no bom e velho Minimoog e cola uma das notas no som do bumbo da bateria do Alex Van Halen. "Sunday Afternoon in the Park" é/era uma homenagem do Eddie a sua esposa, a atriz Valerie Bertinelli, por ocasião do casamento dos dois ocorrido em Abril/1981. Durante a turnê do disco "F.U.C.K.", o Michael Anthony utiliza essa música em seu solo de baixo. Por incrível que possa parecer, "Sunday..." é a semente para a criação de "Jump", composta pouco tempo depois dessa instrumental. Whoa!

One Foot Out The Door,
De acordo com entrevista do Ted Templeman em 1991, quando do lançamento do disco "F.U.C.K.", a música e a letra de "One Foot Out the Door" se referem a situação da banda com relação a gravação dos discos da mesma. O que isso quer dizer? Ora, a banda sempre gravada tudo meio que na pressa, sem tempo de corrigir possíveis erros ou mudar algo para abrilhantar a música antes do lançamento de qualquer disco. Diz o Ted Templeman que essa música fala a respeito da pressa dos executivos da Warner Bros. em verem a banda terminando a gravação dos discos e correndo para lançar e tocar ao vivo, sem tempo para descanso. Um verso em particular se refere a esse ponto:
- "Ain't no magic for your Mean Old Man
and I think it's time to roar
Got one foot out the door
Got one foot out the door..."
O tal "Mean Old Man" é o Ted Templeman controlando o Van Halen dentro do estúdio.

Van Halen - Women And Children First (1980)


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And The Cradle Will Rock, esta música marca a primeira experiência do Van Halen no uso de teclados (de maneira integral) em uma música da banda. O Eddie comprou, durante a turnê do disco "Van Halen 2", um velho piano elétrico de nome Wurlitzer em Detroit/MI. Daí, foi só ligá-lo ao seu Marshall e o resultado é o que se ouve. Muita gente, inclusive famosa, até hoje acha que aquele som é de guitarra. Essa música foi um trabalho de paciência, principalmente entre o Eddie e o Alex. Eles ensaiavam no porão da casa dos pais do Dave e levaram mais ou menos 02 semanas para terminar "And the Cradle Will Rock...". Foi algo do tipo 90% de transpiração e 10% de inspiração. Mas o Eddie disse que ele e o irmão gostavam de ensaiar sozinhos apenas pelo prazer de tocar alto.
Eis um trecho do diálogo do Ted Templeman e do Eddie quando esse último mostrou essa música para o produtor do disco:
TT - "Hey, what the f**k is this?
EVH - Well, it's just me f**king around, trying to find something new, different..."
TT - Kind of cool."

Everybody Wants Some!!, essa é uma das músicas do Van Halen mais conhecidas em todo o mundo. Se nos discos anteriores o Dave já se exibia, no "WACF" ele se excedeu: o rótulo de "Party band" passou a ser incorporado ao grupo com mais ênfase após o lançamento do 3º disco. É que o Dave se dá conta de ter se tornado um "sex symbol" mundial. A introdução que o Eddie faz em "Everybody Wants Some" usa a mesma técnica de "Atomic Punk", com algumas diferenças, é claro. A parte final da letra dessa música é um capítulo à parte: o Dave chega ao estúdio e não tem os versos da última estrofe prontos e acaba improvisando.

Fools, esta música já era sucesso ainda nos tempos de "Club Days". Há informações de que "Fools" já era tocada desde 1974 quando a formação do Van Halen contava ainda com o baixista Mark Stone. O primeiro título dessa música era "I Live With Fools". A introdução que o Eddie fez para a música nasceu de algo espontâneo, feito na hora em que sua parte era gravada no estúdio.

Romeo Delight,
grande parte do que se ouve em "Romeo Delight" foi retirada de outra música da banda e que fez parte da demo tape que o Van Halen gravou para a Warner Bros., com vistas a escolha do repertório que mais tarde compôs o disco "Van Halen I". O nome da antiga música era "Get The Show On The Road". "Romeo Delight" é apontada como uma das músicas favoritas do público durante a turnê do "Women and Children First", turnê conhecida como "Invasion Tour". Há uma certeza quase absoluta de que o Eddie usou a maravilhosa e única Ibanez Explorer na gravação dessa música. Quem tiver o show do US Festival (1983) poderá notar que o Diamond Dave esquece parte das letras durante o show e berra: "I forgot the fucking words", durante parte da segunda estrofe. Aquela sensação de coração pulsando após o solo foi feita, em parceria, pelo Eddie e Michael Anthony.Romeo Delight" é uma música que claramente mostra a influência do Led Zeppelin na vida do Alex Van Halen. A sua "pegada" nessa música dá a impressão que o próprio John Bonham estaria tocando.


Tora! Tora!, inicialmente, o Eddie queria que essa instrumental do "WACF" se chamasse "Act Like It Hurts". Mas a decisão em comum acordo foi optar por "Tora! Tora!". É que o Dave, no início de "Loss of Control", fica imitando uma comunicação via rádio e fica pedido ajuda com os "Mayday! Mayday!". Então, seria mais fácil a assimilação do título com algo ligado a aviação. O que se ouve no início da música é o som da guitarra em "backwards" (gravação ao contrário). Pode parece bobagem, mas "Tora! Tora" possui letras: aqueles berros (Ahhhhhhhhhhhhh! Ahhhhhhhhhhhhh! Whooooo!) foram considerados como letras para a música - dai o dilema: é instrumental ou é música com letras? Eu digo que ela é muito boa.

Loss Of Control, esta música foi composta exatamente no mesmo dia em que "Ain't Talkin' "Bout Love" veio ao mundo. Só que, por opção da banda e do produtor, ela sequer foi gravada para a Demo Tape do primeiro disco da banda. A letra é bem simples, mas o instrumental é uma porrada na orelha. É fato, mas muito pouco conhecido, que a banda gravou um vídeo clip para essa música. Todos da banda aparecem vestidos em roupas de médico. Infelizmente, esse vídeo nunca foi lançado. Outro pequeno detalhe, antes que eu me esqueça: assim como "Ain't Talkin' 'Bout Love", "Loss of Control" é meio que uma crítica ao movimento Punk nos EUA.

Take Your Whiskey Home, essa é uma música bem antiga do Van Halen. Há relatos de que ela tenha sido criada ainda em 1974. As versões mais antigas não possuem a maravilhosa introdução acústica gravada no disco "Women and Children First". Essa música mostra a completa interação de toda a banda no período em que o disco foi gravado. A música não possue overdubs de guitarras e o Eddie se esmera nos solos. Eu, particularmente, amo essa música. Na verdade, eu amo esse disco todo, do início ao fim.

Could This Be Magic, eis ai uma música que não recebe todos os créditos que deveria, em minha humilde e simples opinião. Grande interação entre o Dave e o Eddie. O produtor Ted Templeman sugeriu a participação de Nicolette Larson e convocou-a de um estúdio ao lado do que o Van Halen estava gravando o disco "Women and Children First". O resultado pode ser ouvido no verso do refrão, logo após o solo do Eddie. A Nicolete canta com o Dave e marca a primeira participação de uma voz feminina em uma música da banda. Um outro detalhe que pode escapar aos ouvidos desatentos: o Eddie inicia o seu solo nessa música e o Dave agradece. É por isso que eu digo e repito: o lugar do Dave é ao lado do Eddie; o lugar do Eddie é ao lado do Dave, ambos no Van Halen.


In A Simple Rhyme, outra bela música composta ainda nos tempos de "Club Days" do Van Halen. A bela introdução executada pelo Eddie foi algo composto dentro do estúdio, o que quer dizer que não fazia parte da música até aquele momento. O Eddie Van Halen usa uma guitarra de 12 cordas. Mais tarde ele usaria essa mesma guitarra na gravação de "Josephina" do disco "Van Halen 3" (só a introdução, também). Eu acho essa música de uma beleza ímpar. Não é todo dia que se ouve uma música simples e cheia de levadas diferentes durante o seu andamento. Mas todas as levadas parecem seguir uma cadência que só o Van Halen saberia compor. Eu acho que ela possue uma bela letra.

Van Halen II (1979)


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You're No Good, por que iniciar-se um disco, o segundo da melhor banda do universo, com uma cover? A idéia foi do produtor, Ted Templeman, vez que a banda queria que Dance the Night Away foi a privilegiada. Segundo o produtor, o apelo comercial era mais forte em DTNA e ele optou por uma música um pouco mais pesada e diferente. Essa música de Clint Ballard Jr. já fora gravada anteriormente por muitos outros artitas, mas a versão que o Van Halen teria copiado seria a versão gravada por Linda Ronstadt (quem quiser ouvir tal versão, recomendo assistir ao filme “Love Potion no. 09 – Poção do Amor nº 09”, que tem a Sandra Bullock, em começo de carreira, no elenco). O detalhe é que o Van Halen só teria ouvido a essa música algumas poucas vezes nas rádios e a versão deles acabou sendo completamente diferente da que a Linda gravara. Melhor assim. A introdução de baixo fazia parte do solo de baixo que o Michael Anthony estava trabalhando à época.

Dance the Night Away, o título inicial de Dance the Night Away era “Dance, Lolita Dance”. A sugestão de mudar o título para o que ficou conhecido partiu, do Eddie que convenceu o Dave, que acabou aceitando e mudando o refrão da música. A inspiração musical veio de uma música do Fleetwood Mac chamada “Go Your Own Way”. Engraçado é que o Eddie deixou a versão final sem um solo, a não ser aqueles harmônicos que ele faz no meio da música. A banda compôs DTNA numa tarde de brincadeira dentro do estúdio. Detalhe: esse foi o primeiro grande sucesso da banda e esteve em 15º lugar na BillBoard em Julho/1979.

Somebody Get Me a Doctor, outra música que a banda gravou para a Warner Bros. na famosa Demo Tape do grupo para a gravadora. “SGMAD” foi escrita na mesma época que “Runnin’ With the Devil” e era tocada nos tempos do Club Days da banda, só que com um começo um pouco diferente da versão do segundo disco. Não sei se alguém já se atentou para o fato de que há uma série de aplausos direcionados ao Eddie quando este termina o solo de SGMAD. Aqueles aplausos seriam uma prova espontânea da genialidade do guitarrista, vez que seu desempenho teria impressionado a todos ao ponto de começarem a bater palmas para o músico. Woo! Wee! Hail to Eddie Van Halen!

Bottoms Up!, antes de iniciar-se no circuito de shows em bares e afins, o Van Halen tocava em qualquer lugar: comícios, festas de aniversário, colégios, ao ar livre, lugar coberto, não importa. Bottoms Up! é uma dessas preciosidades que a banda tocava há muito tempo. Ela servia de encore para a banda retornar ao palco e tocar novamente, quando a banda saiu em sua primeira turnê mundial, em 1978 – em suporte ao primeiro disco. Quase ia me esquecendo: essa música teve as bases gravadas com a famingerada e maravilhosa Ibanez Explorer, também conhecida com a Shark Guitar – os solos foram gravados com a Frankenstrat. Roth On!

Outta Love Again, essa música foi uma das primeiras músicas escritas por Eddie, Alex e Dave no início de 1973, pouco antes do Mike entrar na banda. As bases foram gravadas com a Frankenstrat, mas o solo foi gravado com a utilização da Ibanez Explorer, mesmo sem ter overdub de guitarras. Eu gosto do início dessa música; aquele zumbido de abelha é muito engraçado e mostra outra face do Eddie: o criador de sons imitando animais e insetos! Woo! Hoo!

Light Up The Sky, assim que o disco “Van Halen II” saiu e a turnê de suporte do mesmo se iniciou, “Light Up the Sky” era a música de abertura dos shows. Diz o Eddie que ele criou as bases dessa música logo após a banda ter terminado toda a gravação do primeiro disco. Só que o arranjo final só foi conseguindo dentro do Sunset Studio, local de gravação dos 04 primeiros discos da banda. Por falar nisso, foram gastos entre 10 a 15 dias para a completa gravação desse maravilhoso disco, embora apenas 06 dias sejam creditados em alguns informes.

Spanish Fly, O Ted Templeman, em fins de 1978 e durante os dias de pré-produção para as gravações do disco “Van Halen II”, convida o Eddie para passar o reveillon na casa dele, no dia 31.12.1978. Chegando na casa do produtor, o Eddie fica sentado no sofá da casa do Ted e vê um violão dando mole e pega o instrumento e fica brincando. O Ted Templeman ouve aquilo lá da cozinha dele e fica espantando. Retornando a sala ocorre o seguinte diálogo:

Whoa! You can play acoustic guitar?
- Sure. It got 06 strings. It’s note really any different. It’s a guitar!
O Ted Templeman pergunta se ele poderia compor algo acústico para ser lançado no segundo disco e o Eddie responde que sim e cria “Spanish Fly”. O Eddie usa um violão Ovation com cordas de nylon para a gravação. Traços flamencos no estilo do Eddie; até John McLaughlin elogiou essa peça musical! Foram feitos 02 ou 03 takes para essa música; o Eddie não se lembra ao certo quantas vezes ele gravou SF no estúdio. Uma curiosidade: não sei se os outros amigos membros da Comunidade se atentam para detalhes escondidos nas músicas como eu faço, mas no final de “Spanish Fly”, dá para se ouvir um som de respiração meio alto; na verdade, aquele som é o Eddie tragando um cigarro e soltando a fumaça.

D.O.A., esse é um dos riffs mais pesados desse disco. Simples, mas eficiente com uma boa música do Van Halen costumava ser naqueles dias. D . O . A. foi escrita ainda nos primórdios da banda, quando o Van Halen ainda não fazia o circuito profissional de shows em sua área – antes de se apresentar para ganhar dinheiro, a banda tocava em festas e bares, bastando ter rango, bebida e gente para conhecer a sua música.

Women In Love, a letra de “Women in Love” diz respeito a um sujeito que perdeu a namorada para outra mulher (!). Em uma Demo Tape gravada pela banda no meio da década de 70, aparecia uma música cujo título é bastante semelhante – Woman in Love. Só que entre uma e outra, o máximo de semelhança sempre será essa relativa ao título, vez que letra e música são BEM diferentes. O Eddie usa uma técnica de falsos harmônicos na introdução dessa música.

Beautiful Girls, junto com “Dance the Night Away”, a música “Beautiful Gils” foi lançada como single do Van Halen II. O título original e que apareceu na famosa Demo Tape da Warner Bros. de 1977 era “Bring on the Girls”. O título foi alterado e o refrão incorporou as novas palavras, e quase toda a letra permaneceu inalterada.

Van Halen I (1978)


Downlaod

Runnin' With The Devil, Inicialmente, essa música não possuía as buzinas que aparecem no começo da mesma. Essas buzinas foram retiradas da música “House of Pain”, que só fará parte de um disco do Van Halen em 1983, quando da gravação do álbum “1984”. Durante os shows da banda, ainda antes de assinar com a Warner Bros, o Van Halen utilizava as buzinas entre uma música e outra (RWTH e HOP). Essas buzinas foram gravadas e o tape teve a velocidade diminuída para introduzir a banda (tais buzinas foram retiradas de um Volvo, uma Mercedes Benz e um VW). Uma das poucas músicas do disco “Van Halen” que possuem overdubs de guitarras, pois praticamente todo o disco teria sido gravado mais ou menos ao vivo. Diz o Dave que a inspiração para criar a letra de RWTD veio da música “Running from the Devil” da banda Ohio Player.

Eruption, essa peça musical NÃO estava prevista para ser gravada no primeiro disco. Ocorre que o Eddie estava se aquecendo para o seu solo de guitarra num show que seria realizado no Whisky a Go Go nas semanas seguintes ao processo de gravação do disco no Estúdio Sunset Sound, em Hollywood/CA. O Ted Templeman, produtor dos 6 primeiros discos da banda (e do disco F.U.C.K., também) entrou no estúdio e perguntou o que era aquilo que o Eddie estava fazendo. O Eddie explicou que era o seu solo para o show supracitado e o Ted reagiu com as seguintes palavras: “Shit, man. Roll the tape. Let’s put it on the record”. O Don Landee (engenheiro de som) é creditado como co-responsável pelos efeitos colocados em Eruption. Diz o Eddie que ele fez 02 ou 03 takes, mas o Don Landee e o Ted Templeman só se recordam de ter gravado 01 take. Detalhe: o final bombástico foi criado por meio da utilização de um pedal Univox EC-80 colocado numa engenhoca que o Eddie comprou de segunda mão numa espécie de “garage sale” e que era da época da 2ª Guerra Mundial. Só vendo uma foto para a pessoa acreditar no tamanho do trambolho

You Really Got Me, uma das centenas de cover que o Van Halen tocava na época do seus Club Days. Esse foi o primeiro single da banda, mesmo sendo cover dos Kinks. Então, por que a Warner Bros. resolveu lançar uma cover como primeiro single? Simples: o Eddie cometeu a besteira de mostrar uma fita K7 com algumas gravações do disco a ser lançado, ainda em 1977, para alguns membros da banda Angel. Nessa fita, estava a versão do Van Halen para “YRGM”. Os caras do Angel, por meio de um produtor meio sacana, correram para um estúdio e resolveram gravar “YRGM” e tentar lançar antes do VH. O azar deles foi que o engenheiro que auxiliou na gravação conhecia o pessoal da Warner e avisou o que estava rolando. O Eddie utilizou a guitarra Ibanez Explorer, conhecida como “Shark” na gravação dessa música e também em “On Fire” e “Jamie’s Cryin’” (apenas as bases).

Ain't Talkin' 'Bout Love, a parte do solo dessa música foi gravada com a utilização de uma cítara (Coral electric sitar). Engraçado é que o Eddie não sabia que se tratava de uma cítara. Essa música foi escrita na mesma época que “Loss of Control” (gravada no Women & Children First) e era meio que uma provocação ao movimento punk daquela época. Tanto é que o Eddie só usa 02 acordes: Am e G. Durante 06 meses, o Eddie ficou escondendo esta música dos outros membros da banda por achá-la muito simples e fraca. Fraca, meu bom Deus, Fraca! Onde? A única turnê do Van Halen na qual “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love” não fez parte do repertório foi a turnê do disco “F.U.C.K.”, entre 1991/92. Favor não confundir com a turnê do “Live: Right here, Right now”, de 1993.

I'm The One, o título inicial desta música era “Show Your Love” e até hoje ainda essa associação confunde muitos fãs, como bem me lembrou o amigo Eduardo Pinheiro. Assim como grande parte das músicas do disco, o Eddie usou a sua famosa Frankenstrat na gravação dessa música, ainda ostentando as cores preta e branca, apenas. Aquela paradinha no meio da música na qual eles ficam meio que brincando e fazendo os “paptchuba” teve a inspiração em uma música do Cream, banda do Eric Clapton nos anos 60 (junto com Jack Bruce e Ginger Baker) e ídolo mor do Eddie Van Halen.

Jamie's Cryin', o disco já estava quase todo gravado e a banda acabou compondo “Jamie’s Cryin’” dentro do estúdio. Outra das poucas músicas que tiveram overdub de guitarra. O Eddie usa a Shark Ibanez Destroyer para gravar as bases e a sua Frankenstrat para os solos. Essa música é definida pelo Alex como uma de suas prediletas, assim como “Dance the Night Away” do disco “Van Halen 2”.

Atomic Punk, você já escutou “Atomic Punk”? De verdade? Tem certeza? Então, me diga o que falta nela que é característica básica das músicas do Van Halen? Se você respondeu “Backing Vocals”, acertou. Taí uma raridade de se ouvir: música do Van Halen SEM backing vocals. Aquele efeito no início da música é conseguido, com sorte, fazendo-se o seguinte: use um MXR Phase 90, esfregue a palma de sua mão para cima e para baixo nas cordas da guitarra, encostando essas cordas no captador da mesma guitarra. Na outra parada que a música dá, use um MXR Flanger. Algo semelhante o Eddie irá fazer mais tarde em “Everybody Wants Some”, do disco “Women & Children First”.

Feel Your Love Tonight, Música de sucesso do Van Halen ainda na época de Club Days. Solo simples e fantástico é o que o Eddie executou para essa música. Ao vivo, logo após o seu solo de guitarra, iniciava-se o solo de bateria do Alex Van Halen para a turnê do primeiro disco da banda.

Little Dreamer, se alguém lhe disser que o Dave era só farra no primeiro disco, desconfie. O Dave sabia escrever ótimas letras (para mim, TODAS as letras do Dave são excelentes) e dentro do primeiro disco, eu destacaria as letras de “Atomic Punk”, “Runnin’ With the Devil”, “Jamie’s Cryin’” e “Little Dreamer”. Bela, simples, coesa e perfeitamente moldada pela música que o Eddie criou para tal peça. Na Demo Tape que o Van Halen gravou para a Warner Bros. assim que fora contratado em Maio/1977, o Dave diz o seguinte no fim da música: “Are You Experienced”, em referência a música do Jimi Hendrix.

Ice Cream Man, música escrita por John Brin e Elmore James. Essa é a terceira e última música do primeiro disco da banda que contém overdub de guitarra. Seu solo sempre fora considerado bombástico por todos os presentes no momento da gravação. Aquela introdução acústica foi gravada pelo Diamond Dave, que a executava ao vivo também. Dizem as lendas que o Alex e o Eddie ficaram tão impressionados com a interpretação do Dave para “Ice Cream Man”, numa apresentação do grande frontman, que eles convidaram o mesmo para entrar no Van Halen. Ou seja, não é só aquela história do Dave entrar na banda porque tinha um sistema de PA para voz e que seria mais fácil tê-lo na banda por uma questão de comodidade. O negócio do Dave era/é competência e coerência!

On Fire, por incrível que isso possa parecer, “On Fire” foi a primeira música a ser gravada para o “VH 1”, vez que os shows da banda sempre eram iniciados, naqueles dias e na primeira turnê mundial da banda, com esse petardo. Outra música gravada com a bela e única Ibanez Explorer do Eddie. A versão que está no disco é um pouco diferente das versões anteriores conhecidas para essa música: a introdução não tinha aquelas 05 batidas e aquele som meio abafado que chama o riff principal aparecia em outra ordem. Foi um consenso dos membros da banda a existência desse pequeno “break” no qual apenas a guitarra aparece de forma abafada. Eis o Eddie falando a respeito dele: “We wanted a little break between verses and I said: ‘This is neat, how about this? It sounds rude’ “. Uma das versões dessa música, ainda nos Club Days, possuía os vocais sendo divididos entre o Dave e o Mike. Woo! Hoo!
O Dave era um visionário: um dia, ele conversava com o Eddie e disse que eles ficariam famosos e que as músicas do Van Halen tocariam nas rádios. É mais ou menos sobre esse assunto que o Dave cria a letra para “On Fire”. Leia:


“Turn Your Radios On
I’ll appear right there! Yes I will
Turn me up real loud
I’m in your ears

Now I’m hanging ten now, baby
As I ride your sonic, ooh-wave
(Owwwwwwwwwwwwwwww)

Good, God y’all
I’m on fire
I’m on fire
I’m on fire
I’m on fire… “

Curiosidades

Uma dúvida muito grande entre os fãs do Van Halen que apreciam os timbres de guitarra da banda é o porquê do Eddie não ter mantido o seu timbre (mais tarde batizado de Brown Sound) após a gravação do primeiro disco. Muitas são as especulações, mas basicamente o Eddie é/era um ser mutante que gostava de mexer no que ele fazia e procurar sempre ser diferente dos guitarristas contemporâneos e estar um passo à frente da concorrência. Para o primeiro disco, o Eddie teria usado basicamente 02 guitarras e 01 modelo de amplificador: Frankenstrat (corpo Northern Ash com pintura acrílica para bicicletas, braço Bird’s eye em maple, um velho captador P.A.F. montado diretamente no corpo da guitarra, remoldado por Seymour Duncan, um único botão de volume e cordas Fender XL-150 (090 – 040) fervidas cerca de 10 minutos – Corpo e braços confeccionados por Linn Ellsworth antes da associação desse com Wayne Charvel) e a Ibanez Destroyer (corpo teoricamente Korina Wood (madeira super rara) e braço Rosewood – cor original: branca). Existem teorias que discordam redundantemente de que o corpo seja da madeira Korina, pois a Ibanez só fabricaria o modelo Explorer com essa madeira entre 1972/1973; acredita-se que a guitarra do Eddie seja 1971/1972. Outra controvérsia medonha e que só o Eddie responderia, mas o que ele gosta é de criar confusão para ninguém conseguir copiá-lo: durante as gravações do primeiro disco, essa guitarra estaria AINDA inteira e sem os cortes e a pintura em vermelho e listras prateadas (maroonish-red with silver stripes) que a tornaram famosas e que se tornaram meu objeto de amor descontrolado. É que, cortando a parte de trás da guitarra, o Eddie acabou tirando muito da madeira que dava ressonância e que criara um timbre inigualável para as músicas do Van Halen 1 na quais o Eddie não utilizava um vibrato (alavanca de trêmolo). Amplificador usado: Marshall Super Lead 100 watts (número de série 12.301).

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Led Zeppelin - CODA (1982)


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No dia 19 de novembro de 1982 (Já após a morte de Bonham), o Led Zeppelin Lança um albúm com Músicas de sobra de estúdio, com músicas gravadas desde 1969 até 1978, e com algumas Inéditas.
O nome Coda, é algo relacionado a " Fim de algo ", " desfecho da história ", Coda siginifica "RABO".

We're Gonna Groove, Musica original de Ben E. King e James Bethea, foi gravada pelo Led em Londres em 25 de Janeiro de 69 e era para ser incluida no Led II, mas foi deixada por falta de espaço. O Led entao passou a usa-la na abertura dos shows durante 1970.
A versao original e a do Albert Hall foram mixadas com efeitos adicionados (incluindo overdubbing da guitarra), em 82 no estudio do Page.

Poor Tom, ela foi composta em 1970 por Plant e Page, quando foram ficar em Bron-Yr-Aur, numa pequena casa no país de Gales, e foi gravada no Olympic Studios em junho de 1970.
A música parece q foi inpirada em um labouer chamado "Tom Assasinatos", a canção deixou de ser incluida no Led Zeppelin III, "Poor Tom" é vista pelo fãs como mais uma música Alá Led Zeppelin, com uma guitarra semi-acústica e uma gaita a música se torna uma Obra prima.

I can't quit you baby, mais um cover do blues-man Willie Dixon, a música tem um diferença do primeiro cd, no primeiro Cd foi grava em estúdio, já pra esse albúm "CODA", foi gravada ao vio no Royal Albert Hall em 1970.

W
alter's Walk, embora se pense que os vocais da canção "Walter's Walk" do Led Zeppelin tenham sido gravados em 1982 para o lançamento do álbum "Coda", na realidade esta faixa instrumental gravada em 1972 foi "overdubada" com vocais durante as sessões de gravação do "In Through The Out Door" no final de 1978, pois a idéia inicial era de editá-la neste LP.

Ozone Baby, uma musica criada por Page e Plant, Ozone Baby é um pop-rock bem estruturado, mas a diferença entre este e os outros é que a construçao foi toda feita em torno de uma guitarra forte e eficaz.
Ozone Baby foi gravada nos estúdios pertencentes a banda Abba, na Suécia, em 14 de novembro de 1978. A musica ia ser incluida no album In Through The Out Door, mas nao combinava com as demais musicas do album. Page achou que o verso ‘my own true love’ era meio batido, e ficaria um pouco fora do padrao do disco.
Em Ozone Baby, Plant conta a história de uma mulher que bate a sua porta, dizendo que havia guardado algo para ele. Mas ele diz que ja é tarde demais, nao quer que ela toque a campainha, pois está cansado das coisas que ela faz. O título é uma gíria para ‘mulher tapada’.

Darlene, foir gravada no polar estúdios em estocalno, suécia durante o In Through Out Door, nas sessões de 1978, Devido as limitações especiais a música não foi inclusa no In Trough Out Door, "Darlene" foi uma das três músicas gravadadas no polar estúdios, que foram omitidas do In Through The Out Door e mais tarde liberada para esse albúm "CODA", Sendo as outras duas "Ozone Baby" e "Waring e Tearing".

B
onzo's Montreux, uma música em que a estrela é Jonhom Bonham, outro grande solo de bateria, além de famosa Moby Dick.

W
earing And Tearing, é uma verdadeira musica de hard-rock, lançada depois da morte de Bonham, que demonstra a versatilidade da banda; alem de saber fazer musicas como Ozone Baby e All My Love, o Led ainda era capaz de lançar um rock perfeito, mesmo depois do fim de uma era. “Começou como um murmúrio que se transformou num estrondo” – foi o que Plant disse na época. Certamente, esta foi a musica que tirou os ‘cavalinhos da chuva’ das bandas Punk. A musica era para ser lançada na época do Knebworth e incluida no album In Through The Out Door, mas nao ficou pronta a tempo; Plant queria que ela fosse lançada com o nome de uma banda fictícia, para competir com os Sex Pistols e The Damned, bandas que faziam questao de anunciar ao mundo seu ódio pelo Led.
Com uma letra confusa e maluca, que fala ‘medicamentos – quem liga para medicamentos, se voce acabou com a cura’, Wearing And Tearing é original e ousada, e de fato tem um som que poderia ser confundido com o de uma banda nova e jovem. O trio da guitarra, bateria e baixo sao como rajadas, e a voz de Plant soa como um trovao; no fim - como que numa explosao - o som é interrompido, deixando apenas um suave vestígio de um eco.
Wearing And Tearing nunca foi tocada ao vivo pelo Led, mas foi tocada por Plant e Page no Knebworth 90.


Curiosidades

O Avião do Led- "starship" :
O Starship na verdade nunca pertenceu ao Led. O Boeing 720B teria sido “cedido” pelos donos, o vocalista Bobby Sherman e um produtor do grupo The Monkees, por 30.000 dólares por semana. Para os integrantes valia a pena. Apesar de ser um meio de transporte necessário devido as distancias que teriam que percorrer durante as turnes americanas, Grant, Page e Jonesy nao gostavam de voar, e Bonzo precisava de várias doses de whiskey ou vodka antes de embarcar num voo. Por isso, o Starship era ideal para o Led; seu interior nao poderia ser mais diferente que um aviao normal: com poltronas giratórias, mesas de jogos e um sofá de quase 10 metros em frente ao bar que, além de ter um vasto estoque das bebidas prediletas da banda, também alojava tv a cores, video, hi-fi e um orgao eletronico.
Além disso, no fundo do aviao havia 2 quartos, um deles sendo uma suite (com chuveiro), com uma cama de casal e cobertores de peles. O outro quarto tinha um sofá rebaixado e vários almofadoes. Bonzo costumava sentar-se no lugar do co-piloto durante os voos, e dizem que ele chegou até a pilotar o aviao.
O Starship tinha até suas próprias aeromoças, uma loura de 18 anos e uma morena de 22.
O aviao foi usado pelo Led durante as turnes americanas de 73 até 77, quando desenvolveu problemas no motor. Foi abandonado pelo Led, que por um tempo alugou outro aviao. O Starship ficou durante anos encalhado no aeroporto de Long Beach. Este é oficialmente o seu último paradeiro.
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Bonham, sóbrio, era um amor de pessoa, mas bêbado era apelidado de A Besta. Suas façanhas incluíram quase estuprar uma aeromoça do Starship: agarrou a moça, disse que ia comê-la por trás, arrancou-lhe a roupa e foi contido antes de consumar o ato. Arrumava brigas toda hora partindo para cima de quem quer que cismasse e os demais da banda às vezes escapavam para fazer alguma coisa sem avisá-lo, com medo de suas aprontações. Além do álcool, consumia-se cocaína e heroína em doses industriais. Nada disso, obviamente, está no filme. It's only rock'n'roll!!!!!

Led Zeppelin - In Trough The Out Door (1979)


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E
m 15 de agosto de 1979 é lançado o "último Albúm" dos Zeppelins de chumbo, na época em que o Led Zeppelin gravou este albúm, que acabou sendo o seu último trabalho de estúdio, o mundo do rock tinha passado por muitas transformações; o rock Punk e os Sex Pistols já tinham aparecido e uma revolução musical era iminente. Enquanto o Led estava em baixo astral, surgiram novas bandas com atitudes bem positivas: positivamente contra o tipo de musica que o Led fazia. Os novos musicos, constrangidos pelos gigantes do rock – Led Zeppelin, Pink Floyd, Yes, etc. – que já lotavam os estádios por mais de uma década, não escondiam o ódio que sentiam pelas super-bandas ricas e famosas. A banda The Clash, por exemplo, anunciou com orgulho que tinham ansia de vomito ao ver um disco do Led.
Mas na verdade a musica dos Pistols e Clash não era muito diferente do ‘Rock de Pub’, uma musica mais underground e alternativa que sempre existiu durante os anos 70. Foi assim que as grandes bandas começaram, tocando um rock diferente, usando engradados de cervejas como palco.
Com a musica Punk, simplesmente o que aconteceu é que as bandas jovens e inexperientes tinham uma nova chance de entrar no mundo do rock e possivelmente conseguir a fama e a riqueza que tanto “odiavam”.
Interessante como, ao conseguir grana suficiente, muitas destas novas bandas rapidamente se mandaram para os Estados Unidos, ao contrário dos integrantes do Led que permaneceram na Inglaterra.
No entanto, Page e Plant receberam bem este novo movimento; eles visitavam pubs e clubes de Punks e concordavam que já estava na hora do rock tomar um novo rumo, afinal rock tem tudo a ver com a juventude rebelde. Eles se sentiam solidários a esta causa: as ambições de uma geração jovem, frustrada, que queria fazer parte da festa e deixar o seu marco. Mas o Led não era muito chegado ao abuso verbal que fazia parte deste movimento, não tanto por parte dos musicos, mas principalmente dos novos críticos que também queriam liberdade para fazer parte deste círculo alternativo.
Durante esta época hostil e turbulenta, o Led sofreu mais nas mãos da indústria de musica, promotores e DJs; aqueles mesmos que deviam sua existencia ao sucesso dos super-grupos como o Led. Estes se uniram a grande revolução Punk para destruir a imagem e a reputação do Led. Contudo, uma grande parte do público permaneceu leal as suas bandas de rock favoritas, ignorando o novo movimento. Mesmo quando era praticamente uma vergonha alguém admitir que gostava do Led, os fãs continuaram comprando seus discos e seguindo a banda que tanto fez parte de suas vidas. Para maior frustração daqueles que tentavam popularizar a musica eletronica e Punk, o Led continuou a vender discos, tickets e ter seu lugar nas paradas de sucesso. Mais importante que isto, ainda chegavam uns novos musicos que produziam albums dedicados a esta banda que sempre estava um passo a frente das outras.
Recuperado do acidente que sofreu em 75, Plant estava otimista e o grupo voltou a ter o entusiasmo que tinha antes. Em 77 eles receberam o premio Ivor Novello pela contribuição a musica na Gra-Bretanha. Na décima primeira turnê Americana, bateram seu proprio record tocando para uma audiencia de 76 mil em Michigan.
Porém, em julho de 77, Plant recebeu a noticia que seu filho de 5 anos, Karac, havia falecido. Inconsolável, voltou para a Inglaterra e o resto da turnê americana foi cancelada. Logo começaram os boatos que a banda ia se separar. Um ano se passou, com Plant se recuperando do trauma silenciosamente, as vezes tocando para os amigos e audiencias pequenas e selecionadas. Aos poucos, a coragem de encarar o público voltou, mas Plant nao tinha mais aquele otimismo e a certeza que queria fazer parte daquele ‘circo’ que o mundo da musica tinha se tornado. Ele disse: “ …isso é só show-business, o importante mesmo é a musica que fazemos, e não o que se fala por aí”. Ele admitiu que durante a fase de luto, largou a identidade de cantor de rock, deixando o Led Zeppelin de lado completamente.
Mas em 78 os fãs estavam prontos para te-lo de volta. A mídia continuava especulando sobre o futuro da banda, com estórias exageradas dos excessos de sexo e drogas, geralmente publicadas nos Estados Unidos. Com baixo astral, mesmo assim o Led continuou com seus projetos. Page negava o fim da banda e dizia que se sentia ofendido pelos boatos que o azar da banda estava implicado ao seu karma e ao satanismo.
Led tinha planos para voltar a tocar ao vivo, e surgiram propostas de turnês na Europa. Mas no fim decidiram que iriam só tocar em shows na Inglaterra no verão, como Knebworth.
Em novembro de 78 o Led se reuniu em Londres para ensaios. O grupo tomou um novo rumo, pois não queria ficar dependente de seu passado. In Trough The Out Door foi gravado em tres semanas, em dezembro de 78, no estudio do grupo Abba na Suécia. Page estimulou a banda a experimentar com o som, e o resultado foi, como exemplos, o samba na musica Fool In The Rain e os vários tons do teclado na musica Carouselambra. Nesta época o Jonesy era o mais entusiasmado do grupo, e isto se nota nas musicas do disco. Page disse do album; “…os tempos mudaram, e nós acabamos criando uma coisa diferente. Gravamos o album no meio do inverno, no meio da Suécia. O estudio era muito bom, e os engenheiros altamente especializados. O ambiente era diferente, novo, e nos sentíamos praticamente prisioneiros no estudio. Não que tenha sido chato, mas o clima era outro.”
Page levou as fitas para sua casa na Inglaterra e trabalhou nelas em seu próprio estudio. Depois a banda, menos o Jonesy, voltou para a Suécia em fevereiro de 79 para completar a mixagem.


In The Evening, na guitarra e no teclado, Led construiu um som mais atualizado que muitas bandas de prog-rock da época, saindo da ‘viagem’ dos anos 70 e antecipando o tecno-rock dos anos 80 – graças a nova tecnologia que deu ao grupo uma dimensão na musica que só tinham conseguido antes quando gravavam seus sons nas escadarias de velhas mansões. Foram muito bem-sucedidos nesta nova estrutura musical, e até mesmo com este arranjo mais sofisticado não deixaram o velho blues de lado. O riff é possante e a musica, embora tenha um formato básico, tem aquelas viradas que só o Led mesmo sabia fazer. A música é praticamente de Jonesy, mas na introdução Page usa o velho arco de violino. Tambem foi utilizado o Gizmotron, inventado pelos musicos da banda 10cc, para criar uma distorção. Na letra Plant fala sobre uma vida com dor e tristeza, que nem mesmo o sucesso e dinheiro aliviam: - “…fico isolado lá em baixo…fico enjoado lá em cima”.

South Bound Saurez, Page muitas vezes insistiu em deixar seus erros nas gravações das músicas, e foi o que aconteceu nesta, apesar que a musica não deixa de ter seus otimos riffs de fundo. Mas há quem diga que as falhas dão um certo drama e sentimento na musica. E se houve falhas do Page, o mesmo não pode ser dito do Bonzo – e a musica pede uma bateria poderosa. A letra foi escrita por Plant e Jonesy, e o título foi publicado com um erro: era para ser ‘suarez’ (festa). e a letra é isso mesmo: musica, dança, doidice, alegria.

fool in the rain, Quem diria, ao escutar o Led Zeppelin III, por exemplo, que o Led um dia faria uma musica com um sambinha? O ritmo foi escolhido por Plant - que já havia pedido mais flexibilidade musical – e inspirado nas batucadas da torcida brasileira que ele escutou na tv durante os jogos da copa de 78. Os críticos como sempre esculhambavam com o Led e surgiu um papo que eles estavam querendo fazer um som do tipo do Carlos Santana. Por causa disto, o Led fez varias versões desta musica até escolher a que foi lançada. Ela fez muito sucesso nos Estados Unidos, mas infelizmente o fim estava próximo e a musica nunca foi tocada pelo Led ao vivo.
Na letra Plant conta que foi se encontrar com a sua amada numa esquina mas começou a chover e ela não apareceu. No fim da musica ele revela que estava esperando na esquina errada, dai o titulo ‘fool in the rain’ – o imbecil na chuva.

Hot Dog, Plant considera esta um tributo ao Texas, musica hillbilly e rockabilly. A musica teve inicio durante ensaios em Londres, e foi feita com a idéia de diversão, numa fantasia do tipo de briga de bar de western. Aqui Plant fala de uma menina que pega um onibus e desaparece: “…ela levou meu coração, levou minhas chaves…eu nunca mais volto ao Texas…” e o grito de “hot dog!” é dedicado aos roadies da turnê Americana do Led. Page disse na época que o grupo sentiu uma necessidade de fazer musica assim depois da fase baixo-astral que tiveram.

Carouselembra, Jonesy é sem dúvida o integrante principal nesta musica de 10 minutos, que foi arranjada durante os ensaios no Castelo de Clearwell, Escocia, em abril/maio de 78. Uma musica mais ambiental, é uma indicação do rumo que o Led tomaria nos anos 80 se Bonham não tivesse falecido. A musica foi esculhambada pela midia e críticos na época, mas hoje é considerada uma das ultimas clássicas do Led: A bateria do Bonham é sólida e perfeita, a double-neck de Page, com o uso do Gizmotron, é poderosa e o teclado de Jonesy assombroso. Plant canta com voz firme e emoção uma letra incompreensível que, depois afirmou, foi deixada aberta para especulação – o significado é místico e dirigido a uma pessoa que um dia vai descobrir seu valor.
“…escutei a palavra, nao pude continuar…nao podia aguentar mais um dia…comovido pela chegada oportuna, despertado do sono guardião, solto o aperto, largo a chave…agora preso a sabedoria, descanso na paz”.
Este é o novo Led, se criando perante os olhos dos fãs, que, de acordo com Page, tinham ficado ‘cegos’ devido ao excesso de familiarização com seus discos anteriores.

All my love, Nesta musica composta por Jonesy e escrita por Plant, uma balada pop inesperadamente revela uma letra poética e cheia de emoção. Quem imagina o que Plant sofreu percebe o significado das palavras nesta homenagem a seu filho Karac:
“Se eu ficar sem amor, e cair na luz, para seguir uma pluma ao vento…no brilho da luz que tece um manto encantado, que movimenta uma linha sem fim…Por muitas horas e dias, que passaram muito depressa…seu é o relógio, minha é a mão que semeia o tempo…dele é a força que repousa no interior…ele é a pluma ao vento”. Esta é uma das poucas musicas do Led que não tem Page como compositor, e nela ele toca com indiferença, como se estivesse fazendo um favor para uma outra banda. Da introdução e solo de sintetizador, até a mudança de tom no refrão final, é como se o Led tivesse voltado aos dias em que tocavam sessões com bandas pops dos anos 60. É também uma indicação do rumo que Plant tomaria nos anos seguintes. Mas não há duvida que sua voz estava mais madura, dependendo menos dos gritos e oh yeahs.
Apesar do som pop, a musica tem o seu valor lírico. Page depois comentou, numa crítica puramente profissional, que não era o tipo de som que o Led gostava de fazer. E os críticos e fãs do hard-rock também reclamaram que o Led não era mais o mesmo. Mas como tudo na vida, o Led estava passando por transformações; o mundo estava mudando; impossível, com tudo que passaram no decorrer dos anos, ficar estagnante e isto tudo não refletir na sua musica.

I'm Gonna Crawl, a ultima musica do ultimo disco do Led – e como se fosse um triste adeus para os fãs, é uma volta as raizes do blues. Composta por Jonesy, a intenção era recriar um ambiente das musicas classicas de soul-blues dos anos 60. A presença de Page é forte, com um solo sinistro que é excepcional. Page e Bonham consideram esta a melhor performance do Plant, e é difícil discordar: seu desempenho é impecável e a força de sua voz é comovente – uma musica digna de ser considerada o ‘swan song’ do Led Zeppelin.


Curiosidades



A idéia original da capa foi do manager Peter Grant. Foi um plano de marketing – é um fato já conhecido que Peter Grant era um homem de negócios bem esperto, sempre um passo a frente.
A idéia era de fazer 6 capas diferentes, cobertas com envelope pardo, a apenas um ‘carimbo’ do Led. A teoria era que os fãs tentariam comprar todas as versões, mas não poderiam ver qual versão que compravam pela capa.
O designer Thorgerson, da agencia Hipgnosis, foi contratado para desenvolver as capas e a idéia foi dele.. Ele sugeriu 6 fotos da mesma cena, tiradas de angulos diferentes.
A cena seria de um homem sentado num banco de bar, queimando uma carta de ‘Dear John’ (ou seja, levando fora da mulher). A agencia Hipgnosis, que já havia sido responsável pelas capas de Houses of the Holy e Presence, construiu uma réplica de um bar do tipo que se encontra em New Orleans.
As fotos foram tiradas da mesma cena, do ponto de vista das 6 pessoas no bar, exceto do homem desolado sentado no banco.

Partes dos créditos pra DENISE.