sábado, 26 de julho de 2008

Led Zeppelin - Presence (1976)


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: musicsharing4all



N
o dia 31 de março de 1976, é lançado um albúm totalmente Amadurecido dos Zeppelins de Chumbo, o trabalho desse disco é sensacional. Repare nos ritmos, nas quebradas de tempo, nos breaks, na linhagem de guitarra, Muito sentimento.o Led Zeppelin passava por problemas na época das gravações do “Presence” (e se você não sabe, procure uma biografia da banda urgentemente!). Talvez isso tenha resultado nas avaliações precipitadas sobre o álbum, até por este ser o trabalho menos variado da banda. Mas em uma discografia em que quase todos os álbuns são variados, já estava na hora de tentar fazer um som mais homogêneo, com uma identidade única. E essa identidade é o mais puro rock ‘n’ roll, quase totalmente elétrico, como a banda nunca havia experimentado antes!


Achilles Last Stand, Na verdade o título da musica nao se refere a historia de Aquiles, mas ao Plant, que quando escreveu a letra estava na cadeira de rodas devido ao acidente que havia sofrido. Ao escutar a musica pronta, ele ficou tao animado que acabou caindo da cadeira e machucou o tendao de aquiles.Plant escreveu a letra quando viajava pelo Marrocos, Grecia, Espanha e Egito. A inspiracao veio nao só das viagens como tambem dos versos do poeta ingles William Blake. "Albion remains/sleeping now to rise again" (Albion permanece/ dorme agora para levantar-se outra vez)é referencia direta ao poema 'A danca de Albion'."Albion rose from where he labour'd at the Mill with Slaves" (Albion levantou-se de onde trabalhava no moinho com escravos)"Giving himself for the Nations he danced the dance of Eternal Death" (se oferecendo para as nacoes, ele dancou a danca da morte eterna). Sobre a referencia as montanhas de Atlas, "The mighty arms of Atlas hold the heavens from the Earth," é uma metáfora - as montanhas de Atlas parecem estar segurando o céu, e ao mesmo tempo se refere ao titan Atlas e sua tarefa de carregar o mundo em suas costas.

For your life, Ela consegue ser super pesada, com as guitarras tocando em tons altos, ao invés de tons graves, o que é mais comum.
O vocal e a batera estão de foder, além do baixo, elegante como sempre.
O solo do Page é dos mais técnicos, onde ele muda totalmente sua tradicional ``pegada`` bluesy.
Jimmy Page usa Uma Fender Stratorcaster em 1962 para a primeira tomada dessa música.

Royal Orleans, É Royal Orleans era o hotel onde eles ficavam em New Orleans, mas a música é uma sacanagem com o John Paul Jones, que pegou uma "mulher-paraguaia": tava doidão e saiu com um travesti pensando que era uma mulher. Chegou no quarto do hotel, os 2 fumaram um baseado e acabaram pegando no sono.
Os únicos, além dos 4, que tocaram num disco do Led foram Sandy Denny (The Battle Of Evermore) e Ian Stewart (Boogie With Stu).

Nobody's Fault But Mine, Musica inspirada no blues de Blind Willie Johnson. Diz-se que a letra reflete o vício de heroina germinando no Page (Nobody’s fault but mine – a culpa nao é de ninguém, é minha / The devil he told me to roll – o diabo me mandou ‘rolar’).
Uma abertura fantástica (com tres guitarras sobrepostas), várias pausas provocantes e um excelente solo de Harmonica de Plant; a batera de Bonzo é reminiscente do estilo de Ginger Baker, da banda Cream, com viradas ágeis e vigorosas; a musica vai e vem e se desenvolve de uma maneira estimulante , prometendo um final estonteante. Page detona a guitarra num solo louco e psicodélico;
Com esta musica o Led volta aos dias de bluesmen selvagens, quando tocavam em clubes e pubs, em palcos feitos de engradados de cerveja, e eram pagos com bebidas. Plant gravou a musica na cadeira de rodas, devido ao acidente que havia sofrido na Grécia.

Candy Store Rock, Foi um Single desse albúm, O estilo de música simples, estilo rock 'n' roll anos 50, Robert Plant teve parte de inspiração do Elvis Presley, adicionado ao experimento de Page, com seu jeito único de pensar na guitarra.

Hots on for Nowhere, a estrutura básica dessa música foi feita nas sessions rehearsal do Physical Graffiti, Page usa uma Fender Stratocaster para gravar essa música.

Tea for one, Com esta musica o Led volta as suas raízes – o Blues. Resolutos e dedicados, os músicos conseguiram tocar um Blues com precisão e seriedade de uma maneira que poucas bandas conseguiram. E eu digo que foi com dedicação e determinação porque na época em que Presence foi gravado o Led tinha passado por uma serie de más experiências, e os integrantes encontravam-se sem animo para gravar o disco. Uma experiência traumática foi o sério acidente de carro que Plant havia sofrido na Grécia junto com sua esposa; de fato ele cantou as musicas sentado numa cadeira de rodas. A letra de Tea For One sem dúvida reflete o baixo astral do Led na época: é emotiva, sombria, ponderada e apreensiva. A letra foi inspirada na solidão de Plant, que durante a turnê Americana uns meses antes, encontrava-se sozinho em quartos de hotéis, tomando ‘chá para 1 pessoa”. A banda havia permanecido fora da Inglaterra por mais tempo desta vez, para evitar os impostos do governo britânico depois da turnê. Plant sentia-se sozinho, com saudades da esposa e dos filhos, e a letra fluiu na musica espontaneamente, como que num pranto, embora a banda tenha chegado aos estúdios na Alemanha sem material pronto para gravar.
Porém, o clima lânguido é pura ilusão: embora Plant cante com raro controle e moderação, e a musica pareça sóbria e restrita, ela é executada com paixão e definição.
A bateria de Bonzo soa com distinção e clareza, assim como o baixo de Jonesy. Page toca na guitarra as suas notas cheias de angustia e tormento, num solo magnífico.
Este é o verdadeiro blues do Led, aquele que exprime saudade e melancolia, e que é comparável somente com ‘Since I’ve Been Loving You’.
Eu acho que a explicação da música não ter sido muito tocada, também não sei se rolou ao vivo, está nessa resenha.
Fechando com chave de ouro, a única balada (blues) do álbum: “Tea For One“. Interessante como essa música cria um contraponto perfeito com “Achilles Last Stand“, por ter quase o mesmo tempo de duração e o mesmo esquema de poucas variações, mas por outro lado é uma balada lenta e melancólica, no maior estilo “Since I’ve Been Loving You” (do Led Zeppelin III). Uma ótima e criativa forma de fechar essa obra-prima escondida que é o “Presence“.


Curiosidades

Muita gente pensa que o objeto é associado a um outro objeto no filme ‘2010’.
Mas na verdade ele foi criado para a capa do Presence e representa o buraco negro no universo. O buraco negro simboliza o poder do Led, que está presente (daí o título do álbum) nas vidas dos fans. Isto é representado pelas fotos nostálgicas do dia-a-dia na escola, em casa, etc. em que sempre está presente o ‘objeto’.
Swan Song obteve os direitos autorais do ‘objeto’ em 1976.
The Song Remains The Same
Não há muita informação disponível sobre esta capa.
Uma capa simples, com gravuras do Madison Square Gardens e de um Ritz Hotel. O encarte, fotos mostram cenas do filme com o mesmo nome.

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