quarta-feira, 30 de julho de 2008

Van Halen - Diver Now (1982)


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Where Have All The Good Times Gone, cover dos The Kinks, também escrita por Ray Davies (assim como "You really Got Me"). O Eddie erra feio o solo, mas esse solo já existia e foi retirado de uma música nunca lançada em álbum pela banda e entitulada "Young and Wild" - essa música (Y&W) fez parte da sessão de gravação do "Van Halen I". Já excursionando pela turnê do "1984", o Eddie ouve pelo rádio a versão do Van Halen para "Where have...!" e sentencia: "Eu não afinei a guitarra e ela está fora do tom!". Só o Eddie.

Hang 'Em High,
parte da letra dessa música pertenceu a outra composição da banda entitulada "Last Night" e que esteve cotada para entrar para o disco "Van Halen 1". Tal composição foi gravada na demo tape de mais de 30 músicas quando da contratação do Van Halen pela WB em 1977.

Cathedral,
O Eddie usa uma Fender Strat 1961 mais um chorus e echo, como efeitos. Ele fica "martelando" as notas no braço (mão esquerda) e, simultaneamente, usando o botão de volume (mão direita) com certa velocidade para fazer aquele som similar a órgão de igreja ou catedral. Para essa música foram feitos dois takes; no segundo o botão do volume quase "congelou", parou de movimentar e o primeiro take foi o que valeu.

Secrets, Sem dúvida, o "Diver Down" é um bom disco. Eu não o colocaria como o melhor da banda, mas existem momentos nele que são marcantes. Exemplo: "Secrets" seria lançada no disco "Fair Warning", mas ficou para o "DD". Que letra maravilhosa! Seu título inicialmente era "Looking Good". Mas não critique os novos fãs: quem gosta de Van Halen tem que começar de algum lugar e nem sempre é possível conhecer o primeiro disco logo de cara, Inspiração da letra: O Dave lê um monte de cartões de "Felicidades", "Parabéns", "Melhoras" e por ai vai - curiosidade: um dos cartões dizia: "May your moccassins leave happy tracks in the winter snow". O Eddie usa um Gibson de dois braços (Doubleneck) sendo o primeiro com 12 cordas e o segundo com as 06 cordas. Ao vivo, ele usa uma Kramer Custom Doubleneck com partes de Alumínio. A headstock dessa guitarra da Kramer é em formato de "V".

Intruder, a "Intruder" só existe por conta da exigência da Warner Bros. em fazer um video clip para a música "(Oh!) Pretty Woman". O Eddie, bêbado, recebe uma ligação de que havia a necessidade de se gravar uma pequena introdução para a "Pretty Woman" e ele, sem inspiração nenhuma, pega seu carro (se não me engano, uma Porsche 928 cinza) e parte para o Amigo Studios em Los Angeles. Lá ele resolve usar o pequeno teclado Minimoog e a sua peça principal (Charvel Strat) e fica esfregando a lata de cerveja que ele bebia nas cordas da guitarra ("Aroooo! Aroooo! Aroooo!"). Daí, o resto é história.

Oh, Pretty Woman, esse cover foi o motivo pelo qual a Warner Bros. exigiu da banda a gravação de mais músicas para a composição de um novo álbum. Com a inclusão de "Intruder" a acrescentar um início a composição de Roy Orbinson, a Warner providenciou a gravação de um Vídeo Clip. Só que tal clip foi banido da televisão americana, japonesa e australiana. A idéia de gravar "(Oh) Pretty Woman" foi de Eddie. O engraçado acerca da música é que a banda (leia-se Eddie) errou e esqueceu de incluir todo uma estrofe da música apenas porque o Eddie achava que a música ERA daquele jeito que ele tocou. Uma das poucas músicas da banda sem solo. Detalhe: alguém saberia dizer o porquê da palavra "MERCY" que, tanto o Roy Orbinson e o Dave cantam bem no início da música, antes de voltar a segunda estrofe?
Resposta: A palavra "MERCY" que aparece antes da 2ª estrofe foi criada pelo próprio Roy Orbinson (autor da música) dentro do estúdio, quando da gravação da versão original de "(Oh) Pretty Woman". O negócio por trás desse termo é que o Orbinson já não aguentava repetir a gravação e pediu "Piedade - Mercy". Tudo o que ele queria era acabar com a gravação da música em questão, após exaustivas 15 repetições. Abraços.

Dancing The Street, hit de 1964 de Martha and The Vandellas. O Eddie usa em uma base perceptível do início ao fim da música um sintetizador Minimoog em conjunto com sua Strat e um Echo como efeito. A outra base aparece como over dub. Mas a primeira base citada foi motivo de discórdia: ela foi criada para uma música da própria banda e, por imposição do Ted Templeman (e um pouquinho do Dave), foi inserida em "Dancing in the Street". Eis um dos motivos principais para o Eddie criar seu estúdio em sua própria casa. Agora: que belo solo aquele que ele faz nessa música. Caramba, é de arrepiar! Pouco tempo depois, David Bowie e Mick Jagger, juntos, regravam a mesma música e lançam um vídeo clip muito estranho! NARF!

Little Guitars, Intro: esta peça musical foi tocada num violão com cordas de nylon e não possui nenhum overdub. Foi inspirada como se fosse uma continuação a "Spanish Fly". O Eddie assistia televisão e viu um violonista chamado C. Montoya usando essa técnica; ficou fã do cara e comprou todos os seus discos e procurou tocar algo semelhante.

A inspiração da letra veio da observação da guitarra pequena que o Eddie usou para a gravação de suas partes no Estúdio. A opção pelo termo "Señorita" veio por conta da impressão meio hispânica que a guitarra causou ao Dave. O Eddie usa uma réplica de uma Les Paul miniaturizada por um Sr. de nome Dave Petschulat, que o presenteou quando da passagem do Van Halen pelo Tennessee. O Eddie teve a inspiração para a música durante a fase final da Turnê do "Fair Warning 1981" e a compôs (na verdade, parte dela) na parte de trás do ônibus da banda.

Big Bad Bill, a idéia de gravar o cover de "Big Bad Bill" foi do Dave que ouvia em seu Walkman Sanyo uma rádio de Louisville (Kentucky) e sintonizou na hora em que rolava a versão original de "BBB". Então, ele chama os outros membros da banda e diz: "That's bad. Let's do it." Pintou a dúvida em relação ao clarinete que aparece na música e o Dave não titubeou: "We'll get your old man to play it". Ora, o Eddie e o Alex ficaram super alegres e chamaram o pai deles, Sr. Jan Van Halen. O Sr. Jan, a princípio, não gostaria de participar, mas os irmãos convenceram-no a se divertir e fazer o melhor possível. Eis as limitações do Sr. Jan: perdeu o dedo médio da mão esquerda, não tocava há vários anos e usava prótese (dentadura), o que atrapalhava muito o sopro na palheta do instrumento. Diga lá, Eddie: "We'd had a great time. It was fun as shit. It looked like an old 30's or 40's sessions."

The Full Bug, o violão na introdução da música e a harmônica (gaita) após o solo de guitarra do Eddie são partes executadas pelo Dave Lee Roth. De acordo com o mesmo Dave, "The Full Bug" significa sucesso - se você quiser alcançar um objetivo qualquer na vida, você tem que se esforçar - dar tudo de si para conseguir vencer. No caso da música, o objetivo do Dave é mostrar para a garota a melhor parte de um homem.

Happy Trails, o Van Halen já interpretava "Happy Trails", mas o momento mais memorável é o show em Pasadena/CA no Pasadena Civic Auditorium, em 1976. Inclusive, há o registro do cover na demo tape do Van Halen para a WB em 1977, apenas como uma tremenda brincadeira. "Happy Trails" era tema do seriado de faroeste americano, estrelado por Roy Rogers e Dale Evans (autor da composição) nos anos 50 e começo dos anos 60.

A capa:
A capa do "Diver Down" foi idéia do Dave. A foto da contracapa mostra a banda num show em Orlando/FL no Tangerine Bowl (Turnê do "Fair Warning" - 1981). Quem tem o disco em vinil possue o encarte com centenas de fotos bem pequenas e muito curiosas.

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